A noite na cama,
Ela brinca.
Brinca com seus brinquedos,
Todos pretos,
Como um luto.
Brinca fingir desejo.
E fingindo prazer,
Finge fingir liberdade.
E nesse sonho de fada,
Bruxa, ninfa,
Ou Sherazade,
Finge assim atingir ao cume
do que ela chama lealdade.
E eu, que em outro leito me deito,
Viro pro lado e durmo.
Sonhando também ser brinquedo.
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