domingo, 6 de maio de 2018

Não há musas para amar.

Sem versos,
Sem nada.
Sem nenhum amor,
Sem nenhuma amada.

Eu só, sozinho sem amor.
Tão pouco, quase nada,
Eu simples. De mim abandonado?
Não há amor, nem musas,
Nem nada.

E eu, homem crescido,
Deixei meus meninos saírem,
Vão pra morrer ou crescer
Viver é partir.

A porta fechada me olha,
Desafia a minha inércia.
Vai embora, vou embora.
Sem demora. Agora.

E nada deixo pra trás,
Nem lástimas,
Nem culpa,
Nem nada.

Não há mais musas para amar.
Se foram
Que se fodam,
Lá fora.

E olho no espelho e vejo,
O homem que esperou,
Por mim. Enfim, enfim.
No tempo certo chegou.

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