Por todas as vezes
Que peguei a navalha,
E me cortei.
Me perdoô.
Pelas estradas tortas,
Que entrei sem volta
E errei caminhos.
Me perdoô.
Dos vários abismos,
Que pulei sem olhar,
E no fundo me estrepei.
Me perdoô.
Em todos os momentos
Que jurei amar,
Jurando que ela era a pessoa certa.
Me perdoô.
Em cada riscada da navalha,
Por cada uma das picadas,
E das vertigens dos meus voôs,
Nem dos amores vindos e idos.
De nada disso me arrependo.
De nada que me fez quem sou.
De tudo que me diz pra onde vou.
Por todas lembrancas da alma,
Peço calma, nessa hora.
Um suspiro,
E respiro.
E tudo se vai para seus armários,
Baús e
Gavetas.
Guardados na minha memória.
Adeus lembranças.
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