Sono, Morpheus me chama,
Adeus mundo, até amanhã.
E deito, só, em minha cama,
Sem gosto, sem febre, sem manha.
E faço versos para mim,
Meu gosto, minha febre e minha manha,
Dengoso sem mais ter um fim,
Nessa teia da mulher aranha.
E penso poemas passados
Usados com outra intensão,
De dizer do amor seu estado,
Onde antes havia coração.
E lanço palavras ao léu,
E delas não espero retorno,
Nem nada existe no céu,
Nem anjos, nem santos ou deus.
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