domingo, 6 de maio de 2018

O ódio que me cega de um olho.

Escolho com calma as palavras.
Deixando o passado pra trás,
Não fui o homem que sonhavas
Nem ti, a mulher que amei.

E vejo a sua covardia,
Disfarçada em suas falácias,
De uma mulher liberada,
Aham, eu sei, e a Gaby? Sabe?

Ontem eu disse não,
A um outro passado que à porta bateu,
Não senhora, não obrigado,
Quem eu amo? Sou eu!

Mas eu ainda leio teus versos,
E deles só trago a pena,
Lamento, jovem, as escolhas.
Lamento não sermos poema.

E o tempo vai passando,
Levando as possibilidades.
Dos filhos, os sons duma casa,
Sucesso e a felicidade.

E aquilo que era incerto,
Dois corpos que se completavam,
Duas almas que não se completam
Destinos que não se cruzavam.

E foram embora se amando.
Para nunca, nunca mais.
A rosa brigou com o cravo,
Diferentes mas iguais.

Um amor como esse?
Disse o corvo novamente,
Com seu riso indolente;
Esse amor, nunca mais.

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