domingo, 6 de maio de 2018

Liberdade?

Palavra sem sentido,
Vazia.
Pois quando se pensa nela,
É tardia,
É perdida...

Dois corpos distantes,
Livres um do outro,
Sem vínculo, sem sexo,
Sem nada em comum.

Libertos.
Vazios.
Tristes.

O amor é uma prisão,
É a renúncia da liberdade.

O amor é um calabouço,
E seu preço a liberdade.

E eu, homem alforriado,
Liberto daquelas correntes,
De quando se é namorado.
Escuto o bater do meu peito,
E este bate aliviado.
Torno-me rei de mim mesmo,
Torno-me também meu próprio escravo.
Daquele homem no espelho,
A quem jurei que vou amá-lo,
E o resto torna-se lembranças,
De um passado angustiado,

Do qual não fui homem, nem rei,
Nem nada.

E desfaz-se a ilusão,
Do casal,
Do amor,
Dos filhos,
Da sogra,
Do cachorro,

Do vazio que eram suas vidas.

E ela persegue o sucesso,
Ele quer algo difícil,
Algo perto do Impossível.

Ele quer felicidade.




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