domingo, 6 de maio de 2018

Antídoto.

Era hora de buscar algum remédio. Algo que me desse um alívio permanente àquela dor. O sofrimento já havia partido mas eventualmente a dor retornava como com aqueles ossos que doem quando esfria para lembrar que um dia de já estiveram partidos. Um coração que já esteve dilacerado também dói no meio da noite para lembrar que está só. Só com seus pensamentos.

Só com seu futuro, com seus planos, só com o mundo inteiro a sua frente.

O mundo; o local de todas as delícias, maravilhas, promessas e perigos. Todos eles, sem excessões!

E eis que a dor vai diminuindo... Sumindo...

E aquilo que um dia foi a promessa do maior amor, que revolucionou tudo dentro, sacudiu meu mundo como o "the big one" transformou-se em uma leve ardência. Daquelas que um breve beijo de mãe apaga.

Ai, que saudade da minha mãe nessa hora em que o amor maior vai embora e nem o amor de mãe existe para aliviar essa perda.

O problema não é perder o amor maior. É ver que ele se desfaz como os sonhos pela manhã e que deles nada restam, às vezes nem lembranças.

E toca a construir novamente, reconstruir. Fazer e refazer. Soprar o vidro quente e derretido no qual são feitos os sonhos e amores.

Ela se foi. Juntou suas coisas e partiu e aos poucos vai se desvanecendo a lembrança, o rosto, o corpo, tudo... Já não importam mais.

Uma pena mas já não lembramos mais o caminho de volta.

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